domingo, abril 18, 2010

me autodivulgando a mim mesmo de novo

como parte da festipoa literária, que chega ao seu terceiro ano (pelas minhas contas) já dando passos decididos sem apoio e falando em português fluente, vai aí o meu calendário de eventos literarioportoalegrenses da semana:
- dia 21 de abril (quarta) às 20h, estarei no lançamento da coletânea O Melhor da Festa - volume 2, com textos do pessoal que participou da edição 2009 do evento. Sim, tem um troço meu lá no meio, como seria de se esperar. E a companhia em volta é deveras honrosa. Vai ser no Boteco do Pé (João Alfredo, 571), e além dos autógrafos deve rolar alguma espécie de agito cultural depois.
- dia 25 de abril (domingo) às 14h, estou num debate com Flávio Wild e Cássio Pantaleoni sobre "Conto, imagem e construção do invisível". Rola na Palavraria (Vasco da Gama, 165), ali pertinho de casa.
o resto da programação do evento tá no site, pros interessados. Apareçam. É tudo de graça, (ok, minto, o livro deve custar alguma coisa). E eu tenho várias saudades pra matar.

sexta-feira, abril 16, 2010

com o corpo em movimento e o olhar parado

a decupagem da vida anda difícil esses dias.

quinta-feira, abril 08, 2010

ressaca do apocalipse

velho chinês grita com a moça da lavanderia do outro lado da rua, em chinês. Garotos ensaiam jogadas de rugby na beira da praia em Copacabana. Na TV do boteco um amigo meu beija uma atriz gostosa na novela das oito. A vida parece voltar lentamente ao normal no Rio. Mas em cada canto alguma coisa insiste em indicar que não foi só um sonho ruim, do mar em ressaca furiosa à lama barrenta das calçadas ao trânsito que inexplicavelmente flui à pequena multidão aglomerada em frente ao IML da Leopoldina. E mais do que incitar pensamentos de fim do mundo, tudo isso meramente me faz pensar se algum dia houve ou haverá alguma coisa que possa ser chamada de vida normal por aqui. Pra mim ao menos, acho que não. E mesmo se a Lagoa seguir aumentando e acastanhando e completar sua lenta metamorfose em Rio Guaíba, mesmo se todos os morros desabarem até chegarem na altura do Ricaldone, ainda assim nunca será exatamente a minha casa. Por mera falta de repouso. Aqui é o acontecer permanente.