sem nem ter percebido muito bem o que houve, me dou conta que hoje completo três meses de silêncio nesse não-lugar. E é apenas um sinal dos tempos que, ao tentar entender o que aconteceu nesse lapso, agora que as circunstâncias me forçam a parar pra pensar onde estou, meu primeiro impulso foi consultar a minha própria timeline do facebook pra tentar encontrar alguma pista (abaixo vão postados os resquícios da busca). E esse recurso que talvez fosse apenas natural pra outrem - o mundo abunda em stalkers de si mesmos, afinal - é profundamente estranho pra mim, que sempre soube datas e lugares da minha vida de cor e salteado sem precisar de ajuda. E talvez essa saudável amnésia de mim mesmo, pelo menos em termos de história, indique que a narrativa ferrenha e encadeada na qual o meu ser obsessivo sempre amarrou seus dias comece a aliviar. Se isso é sinal de cansaço ou de que aprendo alguma coisa com quem aparece pelo caminho, só o tempo dirá. Por ora, os altos e baixos do mundo me fazem voltar momentaneamente às palavras. Mas no íntimo, tenho a nítida impressão de que ainda rumo firme em direção à estepe, e a um enorme silêncio prometido no fim da jornada.
domingo, agosto 25, 2013
por onde andei (iii): todo mundo tem seus 15 minutos de instrumentista
gravação do máquina mato, flamingo records, SP.
por onde andei (ii): todo mundo tem seus 33 segundos de cânone
Rafael Jacobsen lê um livro encalhado em campanha de divulgação do IEL.
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