pra aproveitar o link do último post, é incrível como múltipla escolha faz parte do nosso inconsciente coletivo. Aliás, acho que quase daria pra construir toda uma obra literária escrevendo só em múltipla escolha. Tava até pensando em começar, mas morro de medo de procurar no google e descobrir que alguém já fez isso. Melhor guardar como carta na manga e não me dar o desgosto, por enquanto.
2 comentários:
Tu fala como conceito estético? Tinha aqueles livrinhos de RPG solitário. Ex.: Diante de tal situação, A) você corre para a gruta do monstro (vá para a página 6); B) Você abre uma caixa de band-aid ( vá para a página 46). E na página 46 diria assim: Você encontrou marshmallow na caixa de band-aid (volte para a página 1). Existe algo parecido, no campo da literatura, mas com hiperlinks. Mas não sei se não ficou apenas no experimentalismo.
Sim, eu também joguei esses livrinhos. Mas não queria nem chegar nessa coisa da interatividade ainda. Só achei engraçado como é natural a gente escrever em múltipla escolha. Tipo, eu podia ter escrito um texto dizendo "olhem só, gente, achei uma tomada que parecia um monstro no meu quarto". Mas escrevi em múltipla escolha quase sem pensar, e quase ficou melhor. Uma vez mandei um mail de umas 3 páginas da Europa só em questões de múltipla escolha pra mandar notícia também. Ou seja, é um troço do mundo malvado dos concursos que de repente se impõe como uma forma de expressão natural. Um dia ainda escrevo um livro-enquete. Um dia.
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