terça-feira, outubro 27, 2009
quem gosta de miséria é intelectual
pobre gosta é de luxo, já dizia Joãosinho Trinta. Talvez isso explique porque o vendedor de balas e bombons embarque no ônibus aqui do Rio anunciando a promoção “Luxo, Qualidade e Confiança”: dois bombons Serenata de Amor a um real, dez balas de menta a um e cinquenta, e outras coisas que não ouvi porque estava anotando o slogan da promoção. E esse tipo de coisa por sua vez talvez explique porque no mesmo Rio haja gente que reclame que já não existem luxo e glamour como antigamente. O povo sequestrou o luxo e o estendeu a absolutamente tudo. Inclusive promoção de bala no ônibus. E se promoção de bala no ônibus pode ser luxo, então tudo pode. O que, pessoalmente, me parece o maior de todos os luxos.
quarta-feira, outubro 21, 2009
comentários sobre as suas frases no perfil do orkut quando o avaliador do seu estágio probatório resolve entrar pra dar uma olhada
tudo brincadeirinha, tio. Só pra ver se tu tava prestando atenção.
e também não deixa de ser uma desculpa pra ver se recupero meus leitores. Desde que alguns aproveitadores e oportunistas diversos roubaram meu filão de mercado e me passaram no ranking do google pra "frases pra botar no perfil do orkut", o movimento desse blog caiu pela metade. Então resolvi escrever isso várias vezes, pra ver se consigo voltar aos tempos de glória. De repente funciona. Não que importe, em todo caso.
e também não deixa de ser uma desculpa pra ver se recupero meus leitores. Desde que alguns aproveitadores e oportunistas diversos roubaram meu filão de mercado e me passaram no ranking do google pra "frases pra botar no perfil do orkut", o movimento desse blog caiu pela metade. Então resolvi escrever isso várias vezes, pra ver se consigo voltar aos tempos de glória. De repente funciona. Não que importe, em todo caso.
a única necessidade é sobreviver
o resto é imposição da mídia.
e por isso vou passar o dia inteiro na cama, só em protesto. Sem fazer nada além de trabalhar o mínimo possível em alguma tarefa fútil e banal que me sustente e não ocupe o meu cérebro de maneira alguma. Nada que perturbe a delicada tarefa de existir, um minuto de cada vez. Nada que seja capaz de quebrar o silêncio com o fel da responsabilidade e da culpa. Existimos apenas, e a coisa alguma se destina. E mesmo os meus escritos serão apenas ejaculações sem esforço, desprovidas de planejamento ou atenção. E se no futuro algum Max Brodt tiver saco de encontrá-las no baú e torná-las apresentáveis apreciarei, mas se ele não aparecer suponho ninguém vá se importar. Eu certamente não vou. Mais do que tudo, cansei da labuta besta de manter uma imagem pros outros: nenhuma das pessoas que eu poderia impressionar com isso realmente vale o esforço de fazê-lo. Minhas vaidades caíram todas por terra, simplesmente porque dava trabalho mantê-las em dia. E com esse exemplo em mente como a melhor das jurisprudências, continuarei a levantar a bandeira da preguiça e a levarei ao colchão mais alto, como justificativa de cada um dos meus atos daqui pra frente. Porque ela é o melhor dos filtros: nada que realmente valha a pena conseguirá me tirar da cama, e isso fará ao natural que tudo que reste na vida sejam cama, cobertores e as coisas realmente do caralho que me façam levantar. E isso será ao mesmo tempo a metafísica de um sistema e a grande verdade do meu poema. Ou apenas mais uma frase pra botar no perfil do Orkut quando você ganha um emprego estável.
e por isso vou passar o dia inteiro na cama, só em protesto. Sem fazer nada além de trabalhar o mínimo possível em alguma tarefa fútil e banal que me sustente e não ocupe o meu cérebro de maneira alguma. Nada que perturbe a delicada tarefa de existir, um minuto de cada vez. Nada que seja capaz de quebrar o silêncio com o fel da responsabilidade e da culpa. Existimos apenas, e a coisa alguma se destina. E mesmo os meus escritos serão apenas ejaculações sem esforço, desprovidas de planejamento ou atenção. E se no futuro algum Max Brodt tiver saco de encontrá-las no baú e torná-las apresentáveis apreciarei, mas se ele não aparecer suponho ninguém vá se importar. Eu certamente não vou. Mais do que tudo, cansei da labuta besta de manter uma imagem pros outros: nenhuma das pessoas que eu poderia impressionar com isso realmente vale o esforço de fazê-lo. Minhas vaidades caíram todas por terra, simplesmente porque dava trabalho mantê-las em dia. E com esse exemplo em mente como a melhor das jurisprudências, continuarei a levantar a bandeira da preguiça e a levarei ao colchão mais alto, como justificativa de cada um dos meus atos daqui pra frente. Porque ela é o melhor dos filtros: nada que realmente valha a pena conseguirá me tirar da cama, e isso fará ao natural que tudo que reste na vida sejam cama, cobertores e as coisas realmente do caralho que me façam levantar. E isso será ao mesmo tempo a metafísica de um sistema e a grande verdade do meu poema. Ou apenas mais uma frase pra botar no perfil do Orkut quando você ganha um emprego estável.
segunda-feira, outubro 05, 2009
ainda orangotangos, mas desta vez menorzinhos
só pra dar o toque pra quem ainda não viu (e isso significa vocês, 179 milhões 900 e vários mil brasileiros, ou pelo menos os que tem TV a cabo), o Ainda Orangotangos, filme do caríssimo Gustavo Spolidoro em que eu tive a honra de fazer uma "ponta roteirística" (ou seja lá como se chama falar mal do roteiro), passa na quarta-feira dia 7 de outubro às 22 horas no Canal Brasil. Apareçam por lá.
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