quinta-feira, janeiro 05, 2006

não fumo, não bebo, não cheiro, só sou um pouquinho fiel


cientistas malucos na flórida andam dizendo que as bases neurobiológicas da monogamia funcionam mais ou menos que nem às do vício em cocaína. Pra isso, eles pegaram umas marmotas da planície (uma das 3-5% das espécies de mamíferos monógamas, segundo o artigo - não sei se o número inclui os seres humanos, mas é pouquinho igual) , aparentemente um bicho fiel pra burro, e mostraram que injetando agonistas de receptores dopaminérgicos num troço chamado "núcleo accumbens" (fica no cérebro) eles conseguiam, dependendo do receptor, fazer os bichos se apaixonarem à primeira vista sem nem darem uma trepada (o que normalmente não acontece nem com as marmotas, só com patinhos como o que vos fala) ou então caírem na putaria sem culpa. E parece que a diferença das marmotas da planície pras marmotas dos prados (umas sem-vergonhas que não formam casais e chegam em casa bêbadas todos os dias) é simplesmente a concentração diferentes dos tais subtipos de receptor. Enfim, não que isso queira dizer nada. Mas como disse um amigo meu, do jeito que anda a indústria farmacêutica, daqui a pouco vai ter mulher abrindo uma caixinha de "Fidelis" e dissolvendo um comprimido na tua cerveja sem tu ver. A coisa não tá fácil.

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