domingo, setembro 28, 2008

filhos rebeldes e surpresas legais

abri minha caixa de e-mails hoje e fui surpreendido por um punhado de mails me parabenizando por um texto meu que tinha saído no cronópios (um dos sites realmente legais de literatura do brasi, no qual até onde eu me lembrava nunca tinha publicado nada). E aí eu me perguntei "ué, que texto?", e procurando dei de cara com um troço que tinha escrito há uns seis meses atrás pro jornal vaia, em mídia impressa mesmo, que de alguma forma se esgueirou pra dentro da web sem eu saber e acabou postado lá.
suponho que algumas pessoas poderiam ter ficado bravas com a história. Eu diria que é exatamente por causa desse tipo de situação que eu escrevo. Como os filhos, as palavras só começam a ter graça de fato quando saem do teu controle. Por mim, podem seguir roubando o carro da garagem quando quiserem.

segunda-feira, setembro 22, 2008

abismo generacional

de uns tempos pra cá meus amigos saíram pra jantar e nunca mais voltaram.

quinta-feira, setembro 11, 2008

ganhando o mundo enfim


já faz um tempo, já tinha avisado pra alguns, mas tardei um monte pra fazer o anúncio oficial por causa da correria dos últimos tempos

em todo caso, a notícia é que o Estática, meu livro de contos lançado pelo IEL no final de 2005, tá disponível online em PDF há mais ou menos umas duas semanas. E, ao que tudo indica, deverá permanecer assim para todo o sempre.

o livro tá licenciado sob uma licença creative commons (assim como esse blog, aliás), que permite a distribuição, citação e utilização da obra pra fins não comerciais, contanto que citada a fonte e que as obras derivadas sejam disponibilizadas também. E me parece quase uma obrigação ética mantê-lo assim, já que:

(a) o livro foi editado por um órgão público, com dinheiro público, e portanto não pode ser mantido fora do alcance do público.

(b) a distribuição do IEL é mínima, fazendo com que o livro seja muito difícil de encontrar fora de Porto Alegre (e às vezes mesmo dentro).

(c) o que sobrou em livrarias já estava meio encalhado mesmo, ou seja, a exclusividade de direitos autorais não me dá retorno financeiro algum.

e

(d) a tiragem do livro é de 1.000 exemplares, enquanto o número estimado de usuários da internet ao redor do mundo está estimado em cerca de 1.463.632.361 pessoas, e crescendo rápido.

ou seja, não faz o menor sentido pra alguém que pretende ser lido se limitar a um troço tão tosco e restrito quanto papel.

até o momento o livro pode ser encontrado no overmundo, no scribd e no cypedia, mas talvez a lista venha a aumentar. E eu certamente não me importo nem um pouco com quem queira espalhá-lo por outros lugares.

a minha parte na história do livro está cumprida, portanto.

o resto da vida dele é com vocês bilhões de leitores todos.

compartilhar a aventura será um prazer.

segunda-feira, setembro 08, 2008

coisas a fazer quando você anda meio down (xxvii)

poucas coisas no mundo são tão terapêuticas quanto mexer no currículo lattes. O único lugar no mundo em que tudo se adiciona e nada se subtrai. Nada jamais é perdido depois de ser ganho no lattes, num confortante contraponto ao tempo, que nunca é ganho depois de perdido. Não que essa simétrica substituição da vida pela obra chegue perto de ser alguma forma de compensação. Mas é um grato refúgio pra desviar os olhos do desmoronamento contínuo da vida nos momentos de fraqueza.