sábado, março 31, 2007

os deuses podem não estar loucos ainda


mas os cientistas certamente estão. Dum artigo duns iranianos doidos numa das minhas revistas de ciência bizarra favoritas, a Medical Hypotheses:

"Intense romantic love (RL) is a cross-culturally universal phenomenon. RL, in its early stages, is associated with specific physiological, psychological and behavioral indices such as euphoria, obsessive thinking and intense focused attention on a preferred individual, emotional dependency on and craving for emotional union with the beloved one, and increased energy [1]..."

e depois de muito falarem sobre o tal “RL”, acabam por concluir:
"...The authors hypothesize that the hormonal products of pineal gland may attenuate the romantic love, particularly in its early stages, through their anti-dopaminergic properties and inhibitory effects on the caudate nucleus, which is a crucial brain region in the evolution of love. Hence, exogenous administration of the melatonin and vasotocin might be a potential therapeutic option in attenuating RL."
(Shoja et al. A cure for infatuation?: The potential ‘therapeutic’ role of pineal gland products such as melatonin and vasotocin in attenuating romantic love. Med Hypotheses 2007;68: 1172–1190)

sério, sou tri a favor de liberar a psicofarmacologia pra população em geral usar como lhe convenha, sem que se tenha que inventar doenças psiquiátricas ridículas e fictícias pra isso, como já disse alhures. Então por princípio eu não deveria me manifestar contra um troço desses. Mas têm certas coisas que doem na alma. A começar pela abreviação científica pra “romantic love”, que já beira o ridículo. Mas se querem atenuar alguma coisa, porque essas pessoas não fazem uma lobotomia em si mesmas de uma vez?
em todo caso, é bom que se possam dizer absurdos em algum lugar, nem que seja pra gente se divertir de vez em quando.

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