se você, leitor, puder aceitar um conselho na vida a respeito de avisos de utilidade pública, aceite esse, que o meu pai me deu pouco antes de morrer:
"meu filho (suspiro apertado pelo câncer de esôfago)... se eu não estiver aqui, eu peço que você me prometa que (tosse com escarro purulento) , não importa o que acontecer, você vai desconfiar seriamente de qualquer coisa que junte as palavras "flanelinha" e "ácido muriático" na mesma frase antes de repassar um e-mail. Ah, e se der tempo cuide bem da sua mãe tamb... (gasp, glup, acesso de tosse e parada respiratória)."
2 comentários:
não acho que ela seja fanática. conheço pessoas que trabalham com isso que realmetne dizem que não há necessidade de tais experimentos, pelo menos não todos, muito menos os estéticos. não é questão de fanatismo, é questão de que são seres vivos também. se as coisas são feitas para humanos, nada mais justo do que testar em humanos. se os medicamentos fossem desenvolvidos para animais, aí sim, se testa em animais.
Ok, o ponto de vista de não usar animais pra testar remédios pra serem usados em humanos é válido (ainda que, por questão de coerência, exigiria que a pessoa que o defende abdicasse de todo e qualquer tratamento médico disponível hoje em dia, já que todo ele deriva diretamente de pesquisa em animais). Mas tenha em mente que testar qualquer coisa diretamente em humanos muitíssimo provavelmente resultaria na perda de milhares de vidas humanas, e que a imensa maioria da população não gostaria de ser utilizada como cobaia ao invés dos ratos.
Em todo caso, o maior problema do texto comentado não é necessariamente o ponto de vista, é o fato de que os argumento são absolutamente falsos. Dizer que a ciência biomédica não avançou nada nas últimas décadas é obviamente mentira e insultante pra quem faz pesquisa. Foi isso que me deixou puto, acima de tudo.
Em relação ao "não todos, muito menos os estéticos", isso sim é um tema pra ser discutido mesmo. Mas a discussão andaria muito melhor sem gente radical e mentirosa escrevendo bobagem por aí.
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