sexta-feira, novembro 23, 2007

considerações sobre o almoço de fim de ano da empresa em que você trabalha


o ímpeto infantil de brincar é um dos grandes mistérios do mundo. Como é que um troço que faz com que uma criança gaste milhares de quilocalorias correndo dum lado pro outro, se perca, se suje, suma da vista dos pais, coma terra, minhocas, tênias, caia tombos, esfole os joelhos e bata a cabeça em quinas de mesa a cada meia hora (e isso tudo num ambiente zilhões de vezes mais protegido do que aquele em que a nossa espécie evoluiu originalmente), pode ter sido selecionado tão fortemente na evolução a ponto de estar invariavelmente presente em qualquer criança (pra não falar em cachorros, leões, golfinhos e mamíferos evoluídos em geral). E sentado na mesa do almoço enquanto os pirralhos sobem em cima dela, fico pensando que se a idéia é a de que a vontade de brincar faz com que a criança explore o mundo e por isso fique mais inteligente, o troço há de realmente funcionar. Caso contrário não justificava tanto tombo.
enfim, era só pra dizer que no fim das contas não é de se estranhar que as pessoas emburreçam tanto quando param de brincar. E os que conseguem envelhecer sem perder o jeito da coisa sejam os gênios de verdade. Longa vida ao homo ludens.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bem que te vi prestando atenção nas criancinhas e com vontade de jogar futebol na lama. Keep it up, baby! Ainda mais que pareces o menino vestido de azul...
Um beijo.