quinta-feira, junho 22, 2006

a verdade, nada além da verdade


a Nike bem que tentou, mas a verdade haveria de emergir em algum momento. Porque você pode enganar todo mundo por algum tempo, ou algumas pessoas por todo o tempo, mas não pode enganar todo o mundo por todo o tempo.
Este blog revela com exclusividade o que alguns poucos desconfiavam, mas ninguém ainda teve coragem de afirmar. O ex-atacante Ronaldo Nazário, 30 anos, o "Fenômeno", está morto desde o início da semana passada. As circunstâncias de sua morte permanecem obscuras, mas aventa-se a possibilidade de que um acidente tenha ocorrido com o jogador em pleno campo. Como as conseqüências de tal morte, no entanto, causariam prejuízos incalculáveis à FIFA, aos organizadores da Copa do Mundo, à Nike, à Rede Globo, ao FBI e à NASA, tais entidades reuniram-se em suas Instalações Secretas para acobertar tal fato.
Depois de mais de quinze horas de reunião, e diversas ameaças dirigidas contra as famílias dos seletos detentores de tal segredo (o técnico Parreira, os jogadores da seleção brasileira, a modelo Raica de Oliveira e mais alguns indivíduos) caso os mesmos o revelassem, as entidades por fim chegaram a um plano final. Para acobertar a morte de Ronaldo, eles forjariam a morte do humorista Cláudio Vianna, o Bussunda, em circunstâncias igualmente obscuras. O humorista receberia 1 milhão de dólares para fingir uma dor pré-cordial durante uma pelada e se retirar ao seu quarto. Dali, sairia pela janela e seria transportado por uma limusine preta até a concentração da seleção brasileira, onde assumiria o lugar de Ronaldo Nazário.
É claro que os mais afoitos, entre eles Sepp Blatter e Franz Beckenbauer, apressaram-se em concluir que o futebol de Bussunda jamais conseguiria iludir os torcedores. Ao que a ala midiática da conspiração, liderada pelo Tio Galvão, logo respondeu: "não tem problema, todo mundo vai chamar o cara de gordo, mas ninguém vai desconfiar. O máximo que vai acontecer é pedirem o Robinho no time."
E não é que eles tinham razão...
(obs: o autor deste post desaparecerá transitoriamente pelos próximos meses, através do sistema de proteção de testemunhas do governo brasileiro)

terça-feira, junho 20, 2006

já que tá caindo, pisa em cima!














programão pros dias de crise nos ares:

1. Ponha uma roupa chique e diga pra sua namorada se arrumar também.
2. Compre passagens num vôo qualquer da Varig.
3. Vá até o aeroporto e espere cancelar.
4. Vá até o balcão e insista no seu direito (garantido por algum código de ética das companhias aéreas) de ganhar um voucher de acomodação e refeições garantidas até o vôo sair.
5. Seja transferido até o hotel.
6. Como uma janta num buffet farto.
7. Dê uma trepada massa numa cama macia e arrumadinha.
8. Tome um banho quente.
9. Caia fora dali, cancelando as passagens pelo celular.
10. Peça reembolso.

quinta-feira, junho 15, 2006

ingressos esgotados!

tadinhos, também, trabalharam tanto ontem...

terça-feira, junho 13, 2006

minha namorada tem a idade da minha mãe quando eu era pequeno

não sei exatamente o que isso quer dizer, mas que deve dar um piripaco no inconsciente deve.

segunda-feira, junho 05, 2006

nome e sobrenome, mas sem dicionário

tiradas de um único quarto de página tamanho carta (ou seja, um espaço de uns 11 x 14 cm) da edição de maio revista "nome & sobrenome", algo como a única revista no mundo escrita inteira pelos colunistas sociais:

"viajem", "Banckok", "Thailandia", "Thailandes", "Ko sa muii" (era Ko Samui), "Balangan" (era Balagan) e a impressionante seqüência de "cineastas favoritos" que diz "Kurassao (acho que era Kurosawa), Almadóvar, Spilber (!) e Truffan".

Não que eu seja muito fã da correção ortográfica. Pelo contrário, me irritam pra burro esses paladinos da ortografia que rançam com escritores ou jornalistas ou médicos ou jornaleiros que "não sabem sequer escrever português". Dizer que saber escrever é ter correção gramatical é a mesma coisa que dizer que cinema é só o que é filmado em 35 mm, ou que fotografia só se tira com câmera profissional e um laboratório à disposição, ou que arte é só pintura a óleo e escultura em mármore. Ou seja, reserva de mercado de uma elite cultural estúpida. E isso é uma grandesíssima bobagem (e notem que eu só escrevi isso porque não sei se "grandesíssima" é com esse ou com zê, e queria mostrar que i really don't give a fuck. Como também não dou um fuck pra invasão dos anglicismos devastando nosso patrimônio nacional, yeah!) .
Mas por menos que eu goste da correção ortográfica, eu ainda gosto muito menos da coluna social. E "nome & sobrenome" me pareceu o nome mais infeliz e inadequado do universo pruma revista no país do PCC. Pra não falar no "luxo" em prateado e dos cavalinhos na capa. Então não custa tripudiar um pouco. E lembrar que a elite, além de branca, na maior parte das vezes também é burra pra caralho.

selecione você também seu ambiente


essa já faz um tempo, eu deixei passar, mas como toda situação ridícula ainda me persegue de vez em quando. Dia desses a Zero Hora fez uma matéria sobre a proibição da cobrança de consumação na noite de Porto Alegre, com a substituição do valor por ingresso, essas bobagens que entram no jornal quando falta pauta. E aí entrevistaram uma que outra pessoa sobre o que elas achavam de comprar ingresso pra entrar em casa noturna. E das duas ou três que foram perguntadas, duas delas disseram que era bom porque ajudava a selecionar o ambiente. Ou o público, agora não lembro. Ruim igual, em todo caso.
Não que o preconceito me choque - isso é um troço meio esperado e óbvio. Mas tinha uma época que as pessoas ainda conseguiam mentir pra si mesmas, tipo assim, que entravam em lugares caros porque eles tinham um "ambiente mais legal", um "serviço melhor", um "público refinado", um "som ótimo", uma "decoração da moda", ou qualquer outra dessas desculpas idiotas. Mas agora pelo visto o pessoal anda mais direto. É só porque nesses lugares não entra pobre mesmo. Pelo menos é sincero. Não que isso adiante pra muita coisa.